terça-feira, 16 de setembro de 2008

Terça-feira tenho compromisso







As noites de terças-feiras são sagradas pra mim. Não perco uma edição do Profissão Repórter. A paixão pelo programa começou quando vi que era mais um projeto de Caco Barcellos, que eu considero ser um dos grandes jornalistas investigativos do Brasil. O primeiro contato com o trabalho do jornalista foi por meio de seu livro Rota 66. Impossível não se apaixonar. Depois de um tempo, lá estava Barcellos no Fantástico com o quadro Profissão Repórter, que agora é semanal e colírio para os meus olhos e de muitos jornalistas que ainda acreditam na profissão.

Para um repórter não tem coisa melhor do que poder destrinchar o fato, apurar, fazer associações, investigações, pensar no texto, abusar das palavras e das idéias. A equipe do Profissão Repórter me emocionou várias vezes, mas este ano, ela bateu recorde com o programa sobre transplantes, “À espera de um coração”. Quem não viu, vale a pena. Os arquivos estão no site (www.globo.com.br/profissaoreporter). A edição do texto e das imagens foi perfeita. Nas cenas, a narração de quem espera por um milagre. Ele acontece. E bate e jorra o primeiro jato de sangue. Impressionante poder ver aquelas imagens.

Alguns amigos jornalistas dizem que o programa é uma ilusão. Eu não concordo. A equipe do Profissão Repórter faz um trabalho que valoriza o jornalismo. Claro, é um trabalho diferenciado da realidade da massa “jornalística”. Pra mim, ilusão é ter quer ler ou ver notícias “editadas” de acordo com a "linha empresarial"...

“Sofro muito, choro e tento esconder das câmeras”, Caco Barcellos, apresentador do Profissão Repórter, confessando no Marília Gabriela Entrevista (do GNT) que se sensibiliza com várias reportagens que exibe no programa.

** Foto retirada do site www.profissaoreporter.globolog.com.br

4 comentários:

Gabriela Matarazzo disse...

Ma, eu tbm me apaixonei pelo Caco com o Livro Rota 66. Ele é demais! E espelho pra todos nós jornalistas.
Também gosto do programa, mas apenas para assistir, não me vejo nessas reportagens investigativas. Sou muito calma, minha praia é outra. Mas adoro assistir!

bjo pra vc!

Marina Amaral disse...

Recebi um e-mail dizendo que o Profissão Repórter também é editado de acordo com a "linha empresarial". Caros, pra bom entendedor, meia palavra basta!

Profissão repórter é só um dos milhões de projetos que ainda valorizam o jornalismo.

Hoje mesmo tem uma notícia no Comunique-se (www.comuniquese.com.br) sobre uma audiência pública que discute a regularização da profissão "jornalista"...

Marina Amaral.

Rodrigo Otávio disse...

Eu também sou um telespectador assíduo do Profissão Repórter. Acho a abordagem bem humanizada, sem perder a linha jornalística. Esse é o outro jornalismo possível que a sociedade precisa. A emissora tem sorte de possuir um programa como este na grade, capaz de fazer qualquer pessoa reagiar diante das matérias que produzem. Muito boas por sinal.

Unknown disse...

Eu gosto demais desse programa. Adoraria fazer telejornalismo assim... Mostrando o cru, mostrando o quanto é dificil. Mas, começaria na redação, no pensar da pauta, na marcação, na busca de personagens... enfim, dos bastidores ao produto final.

Um dos programais mais emocionantes foi o das grávidas... SENSACIONAL!!!

abraços