30 de março acordamos com a notícia nos jornais de que uma menina de cinco anos havia caído de um prédio em São Paulo na noite anterior. O caso mais tarde ia se transformar e revelar as cenas de um crime que chocou a sociedade. O pai e a madrasta de Isabella Nardoni são os principais suspeitos em jogar a menina pela janela do sexto andar. Durante semanas, a mídia só soube falar desse crime. Foram entrevistas “exclusivas” com a mãe de Isabella e com os principais suspeitos. Isso me fez lembrar do filme “Assassinos por natureza”, onde criminosos viram celebridade.
Depois da máxima exploração, seis meses se passaram e quem sabe o que aconteceu com o casal suspeito? E com o avô paterno que também estava sendo acusado de ter modificado o local do crime? Parece que no Brasil as coisas têm prazo de validade. Casos como o de Isabella são esquecidos, mas isso não muda a realidade do país. O problema é quando a mídia revela esquemas como o do Mensalão e tudo acaba no esquecimento. A notícia também tem prazo de validade.
Alguém aí lembra dos policiais que se envolveram com a morte de três jovens no Morro da Providência, no Rio de Janeiro? Foi capa de vários jornais, inclusive dos internacionais. O papel da mídia é esse mesmo: noticiar... Cabe a sociedade cobrar as respostas. Ainda não dá para esperar um Brasil diferente. Por quê? “Prefiro não comentar”.
A memória é tão curta que o atual governador do Distrito Federal foi um dos senadores que estavam envolvidos na confusão da votação que cassou o ex-senador Luiz Estevão. Entre lágrimas, ao renunciar, ele disse: "Não é o fim, mas um novo começo". (Aspas retiradas da matéria “Arruda renuncia ao mandato de senador” – Folha de São Paulo, 24 de maio de 2001).
Depois da máxima exploração, seis meses se passaram e quem sabe o que aconteceu com o casal suspeito? E com o avô paterno que também estava sendo acusado de ter modificado o local do crime? Parece que no Brasil as coisas têm prazo de validade. Casos como o de Isabella são esquecidos, mas isso não muda a realidade do país. O problema é quando a mídia revela esquemas como o do Mensalão e tudo acaba no esquecimento. A notícia também tem prazo de validade.
Alguém aí lembra dos policiais que se envolveram com a morte de três jovens no Morro da Providência, no Rio de Janeiro? Foi capa de vários jornais, inclusive dos internacionais. O papel da mídia é esse mesmo: noticiar... Cabe a sociedade cobrar as respostas. Ainda não dá para esperar um Brasil diferente. Por quê? “Prefiro não comentar”.
A memória é tão curta que o atual governador do Distrito Federal foi um dos senadores que estavam envolvidos na confusão da votação que cassou o ex-senador Luiz Estevão. Entre lágrimas, ao renunciar, ele disse: "Não é o fim, mas um novo começo". (Aspas retiradas da matéria “Arruda renuncia ao mandato de senador” – Folha de São Paulo, 24 de maio de 2001).
Realmente, foi um novo começo. De senador a governador. Quantos mais serão e deverão ser esquecidos?