quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Frase
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Ambulantes
A principal reclamação é que o espaço não atrai o público, conseqüentemente, os novos empresários perdem vendas e não conseguem “bancar” o empréstimo que fizeram com o governo para comprar a banca. Além disso, os shoppings não têm muita estrutura. Por curiosidade, eu mesma visitei dois Shoppings Populares da cidade. “Sai correndo! Que susto!” Ainda falta muita coisa para chamar o espaço de shopping e os ambulantes de “empresários”...
Por um lado, o governo tenta resolver o problema de uns... mas e o “nosso” problema, quem soluciona? A publicidade do governo é “tiramos os ambulantes das ruas!” Mas dos sinais de trânsito, não vão tirar os ambulantes e os pedintes? Os sinais estão virando novos shoppings populares. É gente vendendo água, comida, caneta, chaveiro... tem lavador de vidros, tem pedinte, tem cachorro andando no meio dos carros, pessoas em cadeira de rodas, palhaços (sem nenhuma graça)... “tem de tudo”...
sábado, 25 de outubro de 2008
Cutucada da semana - Médico falso
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
O feiticeiro e seu amargo feitiço
Gutão chega em uma loja e a vendedora, geralmente bonita e bem maquiada, pergunta: posso te ajudar? Sabe o que o cara, sempre, responde? “Pode, coça meu pau!” E cai na gargalhada. E você acha que ele fala baixo... Hum, conhece alto falante de feira (?), o nível da voz dele é bem parecido. Outro dia, Gutão estava no avião e de sacanagem, coisa que ele adora, apertou o botão para chamar a aeromoça... “Senhor, o que deseja?” É, isso mesmo... Gutão respondeu: um boquete, mas também pode ser um croquete...
As atendentes de telemarketing sofrem mais com o cara. Gutão passa a tarde, o dia, o fim de semana, ligando para as centrais e dando essas respostinhas sem graça, sem conteúdo, sem noção e totalmente inconvenientes. Nessas ligações, Gutão encontrou uma mulher mais esperta que as outras e isso despertou seu interesse. “A gata” não ficou sem graça e deu-lhe um “passa-fora”. Foi o suficiente para o cara começar a sentir o coração bater mais forte.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
O perdão
“Eu consigo perdoar o Lindemberg. Consigo perdoá-lo de todo meu coração, mas que a Justiça seja feita. Quando eu vi que ela estava naquela janela, quando eu vi aqueles panos, eu pensei que a minha filha ia sair pela janela. Eu falei: ‘Vem filha, vem. A mãe está te esperando’. E ela falou assim: ‘Calma, mãe, calma’. A polícia não teve culpa de nada. Nada, nada, porque eles lutaram como eu lutei. Eles choraram comigo como eu chorei. Eu queria que tudo terminasse bem, mas já que terminou dessa maneira, eu estou muito agradecida a todos”, declarou a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, em entrevista à imprensa.
E nós, brasileiros, precisamos aprender a perdoar o amadorismo da polícia, já que não adianta cobrar (por justiça e resultados). O episódio do seqüestro em Santo André provou, mais uma vez, que nossos policiais ainda não estão capacitados para lidar com situações “de alta tensão”. Desta vez, o tiro que matou a jovem refém foi dado pelo seqüestrador; mas no caso da linha 174 (que já virou filme), no Rio de Janeiro, o tiro foi dado pela polícia... que matou a refém...
É, precisamos perdoar. O perdão é mais fácil e mais rápido do que esperar por justiça e por policiais que nos dêem segurança. A gente vai conjugando o verbo perdoar enquanto a violência não bate em nossas portas, enquanto não somos vítimas do amadorismo. “Senhor, perdoai-lhes! Eles não sabem (mesmo) o que fazem...”
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
O espetáculo
E a mídia mais esperta. Esse tipo de “notícia” aumenta, dobra e triplica a audiência. Foi o que ocorreu na última sexta-feira com o Ibope de duas emissoras que transmitiam “ao vivo” a invasão da polícia no apartamento. Audiência! Essa é a fórmula da sobrevivência dos meios de comunicação.
Mas será que vale tudo para sobreviver? Parece que a resposta é sim! Nesse espetáculo de Santo André, vimos o seqüestrador dando entrevistas durante uma tarde inteira em um programa diário de uma emissora de televisão. Depois, dois telejornais veicularam trechos de uma entrevista com o “jovem confuso”.
Por que estamos dando espaço para “criminosos”? Posso invadir uma casa, colocar duas pessoas sob a mira de uma arma e ainda parar tudo e atender ao telefone (e dar uma entrevista)... Ou seqüestrar um ônibus, alucinar, matar e ainda virar personagem de um filme? Será que isso é imparcialidade – precisamos mostrar os dois lados, ou é apenas um bom espetáculo com os atores e o público?
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Cotidiano
Alugou um apartamento, modo de dizer. Bob estava morando em um espaço de 32 metros quadrados no Centro de Atividades do Lago Norte, espaço nobre em Brasília. A primeira coisa que comprou foi uma cama, box; mas de solteiro... “Oh Bob, fala sério!” Brincavam os outros companheiros de trabalho. Em menos de quatro meses, o motoqueiro estava com o “apê” montadinho.
Mas em todo paraíso, além da Eva e do Adão, existe a serpente. E no caso de Bob, era sua vizinha. “Oh mulherzinha maluca!” No primeiro mês, Bob não estranhou as brigas da vizinha com o namorido, uma mistura de namorado com marido... No segundo, terceiro e quarto mês, ele pensou em se jogar da janela do segundo andar. As brigas eram freqüentes e quando os outros moradores, “estressadíssimos”, resolviam entrar na confusão, virava caso de polícia.
Quebra coisa, bate porta, gritos altíssimos e palavrões que Bob nunca tinha escutado. O mocinho do interior ficava de cabelo em pé. Mas nada deixou Bob tão confortado como a última discussão. Era quinta-feira e o namorido chegava do futebol. Mal entrou em casa e a sinfonia de gritos começou. “O debate” era sempre pela carência da vizinha que precisava ser elogiada, notada, amada, admirada e tantos outros “ada”...
- Eu não falei pra você vir jantar comigo?
- Amor, era dia de futebol e eu curto tomar umas com os manos?
- Você é um idiota, filha da puta, mascarado, sacana...
- Pára de falar assim, que coisa baixa. Que drama do caralho, oh...
- Você quer uma mulher que não fale, que não cobre, que não enche o saco? A solução é só uma: uma boneca inflável. Os buracos são os mesmos...
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Consumismo
O ano de 2009 vai ser do consumismo. A afirmação é de um renomado economista argentino, especializado em tendências de mercado.
Con su mismo carro.
Con su mismo salário.
Con su mismo imóvel.
Con su mismo vestuário.
Con su mismo par de sapatos.
E se Deus quiser...
Con su mismo “trabajo”.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Que tecla apertar?
Mas complicado mesmo está a situação do eleitor brasileiro. Os primeiros obstáculos já foram superados. Escolher os candidatos e apertar a tecla verde - confirma! Em vários municípios foi confirmado o segundo turno, mas o povo está perdido. Não poderia ser diferente, as propagandas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não orientaram em nada... O básico não foi dito: o que levar no dia da votação, como justificar, quem não votou no primeiro turno deve votar no segundo? Quem não vai poder votar em nenhum dos dois, o que faz? Sapateia? Ou aperta a tecla vermelha – corrige?
Corrige o quê? As propagandas incompreensíveis do TSE ou falta de cuidado da mídia que está “pecando” em certas informações? Lúcia Hipólito, uma comentarista política, falou na semana passada na rádio CBN (www.cbn.com.br) exatamente sobre esse tema: o eleitor não sabe o que fazer no segundo turno. Mas, será que ele soube no primeiro? A comentarista revelou que recebeu inúmeros e-mails com dúvidas sobre os procedimentos para o segundo turno. E pasmem! Ela recebeu e-mails, ou seja, pessoas que tem acesso (até demais) às informações.
É, pelo jeito, só apertando a tecla branca. Quem sabe assim essa história toda não se apaga e a gente consegue acordar desse “chato” pesadelo...
sábado, 11 de outubro de 2008
Cutucada da semana
* Matéria veiculada no Bom Dia Brasil - 09.10.08www.globo.com.br/bomdiabrasil
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
O caldeirão do Machado
*Cutucada escrita por Carlos Leonam e Ana Maria Badaró, da Carta Capital.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Canudinho
Enquanto os jovens aprimoram suas idéias criativas, os fiscais de trânsito se divertem. Já viram tantas cenas que, às vezes, parece piada. É psicólogo que tenta usar dos truques da profissão para convencer os fiscais, é advogado dizendo que vai entrar com recurso no STF, é jornalista dizendo que vai fazer uma matéria mostrando o absurdo e abuso da fiscalização, é playboy tirando notas e notas de cem reais para “presentear” a família do fiscal... Ih, é coisa demais “rolando” nos bastidores das fiscalizações.
Se isso aconteceu de fato, eu não sei; mas que é, no mínimo, constrangedor...
Os cones da fiscalização ela não enxergou. O guarda, quase atropelou.
- A senhorita está com sintomas de embriaguez.
- Que isso, amigão. Tô com sono, só...
- Senhorita, por favor, quero que faça o teste do bafômetro!
- Ok. É de graça?
- Sim, por gentileza, desça do carro. Segure o canudinho e assopre...
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Papagaio de campanha
Bento 35 fez uma campanha de deixar qualquer concorrente sem cabelo. O candidato se inspirou em algumas “lendas brasileiras”. Chegava na favela, onde Santana morava, jogando aviãozinho de dinheiro, igualzinho Sílvio Santos em seu programa semanal. Reunia as famílias da favela e apresentava um tanto de eletrodoméstico. “Quer pagar quanto?” E o povo levava DVD, televisão, ferro de passar, aparelho de som, tudo por menos de R$ 5,00. Nem nas casas “Bahia” se viu preço assim.
O homem parecia santo. Selecionou bem aqueles enfermos e pagou vários tratamentos médicos, deu remédio e salvação para muitos. Nem “padim Cícero” fez tantos milagres na favela quanto Bento 35. A criança não enxerga. “Bota óculos na cara do minino, gente!” O velho não anda. “Tá aqui sua bengala”. O homem estava confiante. E Santana feliz! Eram churrascos, jantares, bailes regados a Funk, showmícios. Showmício?! Mas isso não estava proibido? “A proibição é coisa do demú. A campanha é minha, faço como quiser”. Nem a tropa federal conseguiu dar limites à Bento 35.
Santana deu o primeiro gole no café, estava sentada na porta de sua casa. O sol era forte e, no fim do morro, alguns “muluques” jogavam bola. Olhou para camiseta e lembrou de Bento 35. “Graças a esse político filha da puta, consegui minha televisão e meu DVD. Tenho cesta básica que dá até pro fim do ano. Os remédios que ganhei vou vender fora do morro, já é uma grana extra...”
Às 16h, Santana chegou na zona eleitoral. A fila era pequena, apenas a “burocracia” impedia que o voto fosse mais rápido. Quando chegou a vez de Santana, calmamente, ela digitou os números de Aurélio que, nas pesquisas eleitorais, estava em segundo lugar. Foi pra casa e ligou a televisão, que ganhou de Bento 35. Lá pelas sete da noite, as emissoras começaram a divulgar os resultados preliminares. Aurélio estava na frente. Santana botou a roupa mais chique que tinha no guarda-roupa e foi para o barracão, onde os eleitores de Aurélio aguardavam “a sentença”.
“Venci! Porque o povo descobriu o meu valor, o povo viu que vou dar o melhor de mim e mudar a realidade. Essa gente precisa da diferença e ela sou eu...” Emocionado, Aurélio ainda tentava alongar a fala, ainda mais porque estava sendo entrevistado por um repórter de uma emissora de peso. Atrás dele e quase apoiando a cabeça em seu ombro estava Santana. Papagaio de pirata e... de campanha!
sábado, 4 de outubro de 2008
Cutucada da semana
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva "cutucando" a seleção masculina de futebol.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Ditados populares
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
O acento sai e a crise fica
Enquanto as bolsas despencam, nós, brasileiros, acabamos de ampliar o alfabeto, que passa a contar com mais três letrinhas: k, w, y. Para o presidente da República, isso realmente deve ser um lucro. Mais uma coisa que cresce no Brasil, além de sua popularidade...
Os acionistas do mundo inteiro não sabem se tiram ou deixam o dinheiro investido. Na nova ortografia, a regra é mais simples: tira tudo. Tira trema, tira acento, tira hífen... vai tirando até ficar da forma que o povo gosta, simples e sem complicações.
A novidade entra em vigor no próximo ano, mas os países terão até 2012 para se adaptar. Isso que é prazo bom! Já pensou fazer um empréstimo e pagar a primeira parcela depois de quatro anos? Nesse período de transição, ficam valendo tanto a ortografia atual quanto as novas regras. Assim, concursos e vestibulares deverão aceitar as duas formas de escrita — a atual e a nova. Viu aí a crise. E a criança que está sendo alfabetizada? Ela aprende as duas formas, mas depois só vai usar a nova ortografia?
É... desse jeito dá pra dizer que seremos “bilíngue”, não é mesmo? Sinceramente, sinto “enjoo” de ver esse “voos” do Brasil.
* O título foi uma inspiração do meu amigo de trabalho, Rodrigo Otávio.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Chove chuva...
Silvia foi para janela e ficou olhando os pingos grossos que caiam. Uns sobre os telhados, uns na grama, outros nem chegavam ao chão. E outros refrescavam seus braços encostados na janela. Ao longe, o barulho da buzina fez Silvia lembrar que, a cada chuva, Brasília pára. O trânsito fica caótico. Aumentam os acidentes, batidas bobas por causa daqueles que insistem em andar colados na traseira. Outras mais graves. Grave mesmo é a situação dos que moram em invasões na capital. Os barracos são arrastados pela chuva. Famílias perdem tudo, roupa, comidas, móveis e perdem a dignidade.
O governo sabe que as famílias estão lá. Por que esperar a chuva? Talvez, porque isso é notícia e notícia chama imprensa e imprensa é publicidade gratuita e espaço pra fazer “politicagem”. As famílias desabrigadas e molhadas tentam recuperar o que sobrou do que um dia chamaram de casa. O governo como consolo diz: eles serão levados para os abrigos da cidade.