terça-feira, 28 de abril de 2009

Alguma coisa está fora de ordem


A Suprema Corte foi palco de um barraco... os ministros usaram bem o dito popular: roupa suja se lava em casa.
A ministra da Casa Civil vai à mídia dizer que está com câncer... ela só esqueceu de lembrar dos outros cânceres desse governo: do José Alencar, do Mensalão, da passagens áreas, das horas extras, dos grampos telefônicos. Haja quimioterapia!
A gripe suína chegou ao mundo... que coisa, não. Bem na semana que o Ministério da Saúde Brasileiro investe na Campanha de Vacinação de Idosos contra a gripe...
O atual presidente dos Estados Unidos aparece sem camisa em um jornal americano. O flagrante foi no Havaí, quando o político estava de férias e nem tinha assumido o cargo. Ainda bem que o presidente de lá está mais em forma do que o nosso...
E tem presidente colecionando processos de paternidade! O que chamou a atenção da imprensa e de todos é que o político era ex-bispo... Esse bispo com certeza era do Paraguai.
É, alguma coisa está fora de ordem... fora da nova ordem mundial...
Até o Cutucando o ponto está fora de ordem (das atualizações)...

sábado, 25 de abril de 2009

Cutucada da semana - Sem casamento

Faltando cerca de um mês para o casamento e no dia de chá-de-panelas, noivo rompe relacionamento e terá de indenizar a noiva em R$ 3 mil por danos morais. O decidido pela 5ª Câmara Cível do TJRS modifica, parcialmente, a sentença da Juíza Luciana Beledeli, da comarca de Tapes, levando em conta o sofrimento e o dissabor causados à mulher.
O ex-noivo ainda terá de ressarcir, a título de danos materiais, R$ 896,20 relativos a gastos com os preparativos da cerimônia, como a compra do bolo, confecção dos convites, parcelas de aluguel do vestido etc.
O compromisso foi desfeito, segundo depoimento da apelante, com um telefonema, e no dia em que se realizava o “chá de panela”. Razões essas que, agregadas à proximidade do casamento, justificam o pleito pelo dano moral, argumentou.
De sua parte, o homem justificou-se dizendo que evitava, com o rompimento, um casamento infeliz.
De acordo com o Desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto, diante das circunstâncias, o cancelamento das núpcias ocasionou constrangimentos à mulher que vão além de meros dissabores cotidianos. Citou a data do rompimento, causadores de “surpresa e desesperança”, e o fato de viverem os envolvidos em uma cidade pouco populosa.
Mesmo observando que o matrimônio deva ser fruto de manifestação livre e espontânea da vontade, o relator salientou o caráter pré-contratual da promessa de casamento e a imprudência do homem.
“É perfeitamente passível de ressarcimento o dano moral, afirmou o Desembargador Lopes do Canto, decorrente de situação constrangedora causada pelo réu, mediante o rompimento desmotivado do noivado, poucos dias antes da data marcada (...), tal medida abusiva resulta na violação ao dever de respeitar esta gama de direitos inerentes a personalidade de cada ser”.
Ao fixar a indenização em R$ 3 mil, o magistrado esclareceu que o valor não pode ensejar enriquecimento ilícito, tampouco deixar de punir, prevenir novos deslizes e considerar a condição econômica das partes envolvidas.
* Decisão publicada no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul - www.tjrs.jus.br

terça-feira, 21 de abril de 2009

49 anos


Antes de chegar aos cinqüenta, elas já sumiram com as linhas de expressão. As tecnologias cada vez mais avançadas deixam os traços iguais aos de quando ainda era uma menina. Diferente das mulheres brasileiras, que apostam nas plásticas e inovações, a capital do País chega aos seus 49 anos com os mesmos traços, com as mesmas linhas.

Brasília parece não ter medo de envelhecer. E enquanto as mulheres querem ficar sempre novas, Brasília, com os seus problemas, parece ser bem mais velha. A cidade já enfrenta desafios de capitais que tem mais de 100 anos. Trânsito parado, invasões (que são verdadeiras favelas), violência, falta de segurança, de serviços essenciais, desemprego, mendigos a cada esquina... São problemas que marcam a trajetória de uma cidade que foi planejada e sonhada como um paraíso.

Ainda na adolescência, aos 17 anos, Brasília conquistou sua autonomia para escolher seus governadores; mas parece que até hoje a pobre capital não conseguiu colocar no Poder alguém que reconhecesse a importância de preservar sua história, de valorizar o povo que aqui começou e os candangos que nasceram e serão raízes dessa capital...

A festa no coração de Brasília (Esplanada dos Ministérios) já está preparada. O povo vai “em peso” para um dos granados mais belos do Brasil. Neste dia, as lágrimas são de alegria ao ver os ídolos, grandes shows e espetáculos pagos com o dinheiro do povo, mas isso é segredo – pra que lembrar disso em dia de festa. O ano é 2009, mas a festa promete ser de majestades. No coração da capital vão estar duas rainhas: a dos baixinhos e a do Axé. A visita custou aos cofres públicos R$ 500 mil para cada uma.

O banquete é para o povo, mas só de sol, calor e alegria. Brasília, 49 anos...

** Foto da jornalista Regina Sousa - grande parceira de trabalho.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O BBB nosso de cada dia

Fico impressionada com o sucesso que o programa Big Brother Brasil fez (e faz). O povo adora espiar a “loucura” dos anônimos que, de repente, viram famosos. “Prendem” não sei quantos participantes em uma casa, que perdem a noção do tempo e acham que vale tudo para ganhar um milhão (e deve valer mesmo)...

Mas se o BBB fosse com ex-presidiários? Com pacientes morrendo nos corredores dos hospitais públicos? Ou com crianças em tratamento de câncer? Teria a mesma repercussão? Milhares de televisões ligadas, pessoas comprando os canais 24 horas para assistir a tudo que acontece dentro da “casa mais espiada?” Como você, eu também sei a resposta.

O que ainda não percebemos é que também temos o BBB nosso de cada dia... A imprensa noticia diariamente imagens que foram “flagradas” pelas câmeras escondidas, mostra a realidade de um povo que tenta sobreviver. Mas isso não é bonito e nem tem patrocinador, talvez, essa espiada não seja mesmo interessante. Imagina o que poderia ser feito com um milhão em um presídio? Em um hospital? Em uma escola? Com o transporte público?

Em todas as edições do BBB, não vi nenhum ganhador ajudar uma ONG, construir algo que ajude a população onde mora, ajudar um vizinho que passa necessidade... Claro, não gostamos de espiar a vida do próximo. Só a vida de quem aparece na TV.

sábado, 11 de abril de 2009

Cutucada da semana - Adriano, perdemos

Desde a última sexta-feira, os boatos sobre o atacante Adriano, da seleção brasileira e do Inter de Milão, se multiplicaram.
Nesta quinta-feira, ele resolveu falar e anunciou uma decisão importante, como conta o repórter Tino Marcos. Chinelo, bermudas. É assim que ele quer daqui para a frente. Adriano, aos 27 anos, parou com o futebol. Até quando, nem ele sabe. Sim, ele sorriu. Mas Adriano tinha muitos nãos a dizer. “Falaram que eu uso droga, que eu sou alcoólatra, que eu sou isso, que eu sou aquilo. Eu nunca tive contato com droga e não sou alcoólatra”, afirmou Adriano. Ele confirmou que na semana passada, depois de se desligar da seleção, passou três dias na favela onde foi criado. “Eu gosto de ir para lá, eu ando descalço, de bermuda, então isso me deixa muito à vontade de tomar o Adriano de antes, aquele Adriano que gostava sempre de brincar, de rir”, contou o jogador. Negou envolvimento com traficantes. “Se eu falar para vocês que eu nunca vi, que eu não conheço, eu estou mentindo porque eu fui nascido e criado lá dentro. Agora, conhecer é uma coisa, se envolver é outra”, disse ele. Adriano tem mais um ano de contrato com o Interzaionale e abre mão dos salários que teria a receber. Deve rescindir o contrato. Só não explicou claramente o que o fez decidir parar de jogar. “Eu perdi o brilho, perdi a vontade, então isso foi uma das coisas que me fizeram a fazer isso. Peço desculpas ao Inter, já pedi, já conversei com eles e estou aqui, como homem e falando que assumo todas as responsabilidades, de multas, de qualquer tipo de coisa que eles possam vir a fazer comigo porque eu sei que foi uma decisão de uma maneira errada da minha parte que foi pensada, não foi de um dia para o outro e, com certeza, eles entenderam a minha situação”, declarou Adriano. Ele reconhece que agiu mal ao não se reapresentar ao clube e sequer comunicar que não voltaria. “Pela maneira que eu fiz é claro que eu sei que foi errado, eu deveria realmente comunicar e perguntar, mas acho que chega um momento na vida que você realmente não agüenta mais e chegou no meu limite”, disse. Nega estar deprimido e garante: não fará tratamento. “Eu não vou para clínica nenhuma, até porque eu não sou doente, eu não estou doente, eu não estou precisando de nada. Eu estou precisando estar perto da minha família, perto dos meus amigos, perto do meu país”, comentou Adriano. Coração ferido? Paixão não retribuída? Também não é isso que justifica a tristeza, segundo ele. “Eu não estou sofrendo com namorada e isso nunca aconteceu. A única mulher na minha vida que eu me apaixonei e fico mal por ela até hoje são as duas mulheres que eu tenho na minha vida, que é a minha mãe e a minha vó”, disse o jogador. Adriano disse que a súbita mudança de vida, de menino pobre a homem rico acabou provocando sérios problemas para ele. “Eu saí daqui muito cedo, com 19 anos, e a minha vida virou muito rápido. Eu não tinha nada, eu morava na Vila Cruzeiro na Penha e daqui a pouco eu já era o Adriano, daqui a pouco Imperador. Então, a minha vida aconteceram essas coisas, muito rápido”, lembrou ele. Futuro? Essa resposta, por enquanto, ainda é um tanto vaga. “Acho que o importante agora é ser feliz”, resumiu Adriano.
*Matéria veiculada no telejornal Jornal Nacional, 09.04.09

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sapatos voadores


Ontem, entrei na redação e abri o G1 (site de notícias). Na página principal mais uma notícia sobre sapatos voadores, ou seja, aqueles que saem de nossos pés e com a ajuda de nossas mãos vão “de encontro” à cara de alguém. A vítima ontem foi um ministro indiano. Durante uma entrevista, um jornalista ficou irritado ao ouvir as declarações do ministro sobre o massacre de rebeldes pelo exército indiano em 1984.

Outra vítima recente de sapatos voadores foi nada mais, nada menos que George W. Bush. O “atacante” também era um jornalista e estava em uma entrevista coletiva. Se essa moda pega. Imagina aqui no Brasil? Eu mesmo faria meu sapato voar muito.

A violência não é a melhor forma de manifestação; mas porque temos que ficar de braços cruzados enquanto muitos políticos pintam e bordam com a nossa cara, com nosso dinheiro, com nosso patrimônio? A resposta seria: “porque somos educadamente sedentários e nos envolvemos pouco com as questões do país?”

É muito dinheiro público, muito dinheiro do povo escorrendo pelos “dedos” de alguns. Em Brasília, na capital do país, falta remédio, falta leito, falta médico para quem depende do SUS; mas sobra dinheiro para que o secretário de saúde “tenha” dois motoristas do governo fazendo “serviços” pessoais (denúncia feita pelo jornal Correio Braziliense, em 07.04.09)...


Sorte de muitos que por aqui, no Brasil, os sapatos ainda não voam!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Exceção

Ontem, segunda-feira, deveria ter publicado uma cutucada quentinha; mas não foi possível. Aí pensei: “que falta de respeito com os cutucadores que acessam o blog na segunda para ler algo novo...” Tentei me consolar, dizendo: “ah, foi uma exceção. Só desta vez...” O fato me levou a uma reflexão...

Nós, brasileiros, adoramos uma exceção. Na fila do banco, encontramos um amigo e lá vamos nós com a cara mais lavada e pedimos para “o amigo” pagar a conta. Coitado dos outros seres que estão a horas na fila esperando. E ainda falamos: “pôxa, quebra o galho aí só desta vez...” Nos estacionamentos, também abrimos uma exceção para ocupar as vagas de idosos e deficientes físicos. O consolo é: “vou ali rapidinho...” e nesse rapidinho, o vovô ficou sem vaga!

Nesses casos, a coisa parece simples. E se essa exceção acontece dentro de um hospital público. Milhões de pessoas esperando uma vaga para conseguir uma cirurgia, mas você conhece o médico e quer ajudar sua empregada doméstica. “Oh, doutor, ajuda aí... Ela não pode esperar tanto tempo...” A complexidade fica ainda maior quando o assunto é política. O contrato não pode ser assinado, a verba não pode ser distribuída, o cargo não pode ser transferido, mas “é só desta vez, uma exceção...”
Com essa filosofia brasileira “é só desta vez”, a gente permite que a exceção vire regra!

sábado, 4 de abril de 2009

Cutucada da semana - A frase


"Você não acha muito chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI?"

Frase dita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em coletiva de imprensa durante a reunião do G20.
* A charge foi retirada da capa do jornal Correio Braziliense, 03.04.09

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dia da mentira


Em Marte, um marciano conta para outro:
Num país distante, presidente não tem diploma.
Num país distane, político corrupto não vai pra cadeia.
Num país distante, governador cassado permanece no cargo até o último “jeitinho brasileiro”.
Num país distante, senadores e deputados renunciam para não perder mandato.
Num país distante, político paga pensão para filha com dinheiro público.
Num país distante, pai violenta sexualmente filha, mas continua livre – não foi pego em flagrante.
Num país distante, preso mata preso em uma cadeia de segurança máxima.
Num país distante, sonegadora de impostos foi condenada a 90 anos de prisão, mas não fica nem dois dias.
Num país distante, “a galera” vai pra CPI com HC (habeas corpus) debaixo do braço, assim pode ficar calado e não sai preso.
Num país distante, escutas telefônicas são permitidas, desde que não seja da corte.
Num país distante, férias em janeiro é sinônimo de hora extra.
Num país distante, polícia atira em cidadão e não é condenada.
O marciano que escuta a história diz: "ainda bem que hoje é dia da mentira"...