quarta-feira, 25 de março de 2009

Júri popular para os Nardonis

Domingo passado, enquanto assistia uma matéria no Fantástico que falava da pequena Isabella Nardoni, meus olhos encheram de lágrimas ao tentar imaginar o sofrimento da mãe e da família. Os acusados ainda não confessaram o crime e ninguém, por enquanto, sabe de fato o que aconteceu naquele trágico dia 29 de março de 2008. Depoimentos, perícias, especulações, imaginação... os fatos e os passos que levaram Isabella à morte ainda não foram revelados. A dor de quem perdeu permanece, não tem remédio. A dúvida e o mistério ainda estão com a polícia. E a nós, fica a curiosidade!

Ontem, a Justiça determinou que o casal acusado (pai e madrasta) vá a Júri Popular, provavelmente no segundo semestre deste ano. Apesar de ver os passos da Justiça, fico me perguntando se ela não é tardia? Depois de um ano, o casal senta no banco dos réus. Quantas “coisas” que poderiam ajudar a desvendar os fatos não se perderam nesse tempo? Os inúmeros recursos e o “vai-e-vem” dos processos permitem que o tempo entre o fato e o banco do réu fique cada vez mais longo.

Justiça seja feita! E revista. Por que você acha justo que um pai que joga a filha do sexto andar de um prédio, fique na cadeia, recebendo alimentação, cuidados... tudo com o seu dinheiro? E se tiver "bom comportamento" ainda tem a pena reduzida? Talvez, o Brasil precise de penas mais firmes e não alternativas. A violência precisa ser combatida. E para isso, é necessário um exército de mudanças!

2 comentários:

Anônimo disse...

Em tempo: não confundir Nardoni com Nardin. Jamais.

Rs.

Bjos,
Daniel

Rodrigo Otávio disse...

O caso da Isabela Nardoni até andou rápido, se comparado a outros. Isso por que a mídia bateu com os microfones na ferida. A legislação brasileira é falha demais, a justiça não é justa, e os criminosos aproveitam essa situação. No caso do assassinato da Isabela, a polícia não encontrou pistas de outras pessoas a não ser a do pai e da madrasta. No entanto, o processo se arrasta há um ano. Vi uma entrevista (no Mais Você - Globo - 24/03/2009) de um especialista em direito que escreveu um livro sobre Júri Popular que me deixou perplexo. Ele disse que muitos jurados se colocam no lugar do réu, ficam com pena do assassino e o absorvem. Por isso tantos casos brutais ficam impunes. Loucura não?!Gostaria de ver o Brasil soberano na questão da justiça. E que ela fosse igual para todos. Agora, as penas deveriam ser mais duras e os acusados deveriam cumprir toda a sentença sem alívio por boa conduta e outros benefícios. Os presos devem pagar integralmente pelos crimes. Uma pessoa assassinada não fica 1/3 do tempo morta. Não gosto de fazer comparações com o exterior, mas nos Estados Unidos dois brasileiros foram condenados, recentemente, à prisão perpétua pelo crime de sequestro. Aqui no Brasil, a classificação do crime ainda causa confusão: roubo, extorsão ou vai ser mesmo sequestro? Ainda não ficou definido. Enquanto isso, os brasilienses ficam sitiados pela violência. Por essas e outras é que acho que a Justiça da República Federativa do Brasil deveria ficar de "Olhos bem abertos" e que a balança não pesasse somente para o lado mais fraco.