quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Cada macaco no seu galho

Ultimamente, não temos outro assunto a não ser a família real Sarney... Na semana passada, nós (jornalistas) ficamos estarrecidos com a decisão do desembargador Dácio Vieira, do TJDFT, que proibiu o jornal O Estado de S. Paulo de publicar reportagens com informações sobre o filho de Sarney, envolvido na Operação Boi Barrica.

Alguns disseram censura! Outros direito... e outros nem entenderam o que aconteceu. A “confusão” pode ter começado quando o jornal publicou trechos de uma conversa telefônica “cotidiana” de família. A neta pedindo ao avô para arrumar emprego para o namorado. Nada demais, se não fosse o avô o presidente do Senado...

Antes que a dinamite estourasse, surgi o bombeiro (ops, desembargador) Dácio Vieira e, com uma liminar, impôs um fim provisório. Vieira determinou aplicação de multa de R$ 150 mil para cada reportagem publicada. A defesa do Jornal informou que vai recorrer da decisão. Para ela: “há um valor constitucional maior, que é o da liberdade de imprensa, principalmente quando esta liberdade se dá em benefício do interesse público”. Até que ponto a Justiça deve interferir na linha editorial de um veículo de Comunicação? Será que, depois dos retrocessos assistidos no primeiro semestre deste ano, viveremos uma nova fase: a da Censura Indireta?
Não vamos nos esquecer daquele velho ditado... Cada macaco no seu galho!

Um comentário:

Rodrigo Otávio disse...

Seria cômico se não fosse trágico. A família Sarney, além de querer controlar o Congresso, o Brasil e a justicinha tupiniquin, ainda tem a ousadia de querer criar o Supremo Tribunal Sarney de Comunicação. É muita malandragem. Pior de tudo é saber que apesar do que a mídia tem mostrado, o presidente do Senado ainda tem vários aliados. Mas o ditado popular "diga com quem tu andas que te direi quem tu és", cabe bem aos protetores do rico macaquinho, que não quer soltar o galho do poder em hipótese alguma. Este é só mais um capítulo do filmo pornô: Putaria no Congresso.