sexta-feira, 1 de maio de 2009

Sem acento e assentos


Já não é novidade. Com a nova regra ortográfica, o voo perdeu o acento. A novidade é o assento que os parlamentares perderam no voo. Nesta semana, a Mesa Diretora da Câmara colocou um ponto final na farra das passagens áreas dos deputados. Claro que a exclamação apareceu... Os românticos deputados tentaram defender "seus" direitos dizendo que não poderiam deixar de ver suas esposas e famílias. No discurso faltou a vírgula para complementar que eles também não poderiam deixar de visitar suas amantes e belas cidades estrangeiras.

A interrogação entre as novidades é por que sempre aceitamos a anistia? Nessa farra, o dinheiro "do povo" foi pelo ralo. E os nossos defensores, ou melhor, nossos deputados, disseram que o passado é passado. Eita filosofia barata, mas só faltaram os dois pontos para finalizar a frase: "e quem vive de passado é museu". E o povo vive de impostos, que poderiam ser reduzidos se, pelo menos, metade desse dinheiro voltasse para os cofres públicos.

Só um parentese! Mais de 70% da população não faz ideia do que significa a farra das passagens áreas, disse uma comentarista de Política em um programa de rádio. E ela deve estar certa quanto ao número, porque me parece que junto com o povo tranquilo, que perdeu o trema; se perdeu a esperança também. Se ainda veremos um Brasil diferente? Só nos resta a reticência.

4 comentários:

Joelson Vellozo Jr. disse...

EXCELENTE post, caríssima! :o)

Gabriela Matarazzo disse...

Ma, sensacional seu comentário!
Olha esse video que interessante tbm. Sobre o mesmo assunto, o Luiz Carlos Prates abordou. Vou colocar no meu blog tbm...
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=59705&channel=47

bjosss

RKLC disse...

O negócio é deputado e senador andar de bicicleta agora!

Marina Amaral disse...

Além do acento, caiu a vergonha também. Leia o que o presidente Lula falou sobre a farra das passagens áreas:

"Não acho correto. Mas também não acho crime um deputado dar uma passagem para um dirigente sindical ir a Brasília. Eu, quando era deputado em Brasília, muitas vezes convoquei dirigentes da CUT, de centrais para se reunir com passagens do meu gabinete. Graças a Deus nunca levei nenhum filho meu para Europa. Acho que um deputado levar a mulher para Brasília, qual é o crime?”

**Aspas retiradas da matéria Lula minimiza escândalo sobre passagens áreas, publicada no G1 - 1°.05.09