quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

QI – Quem indica

Nessa terça-feira (6), aconteceu a sabatina da nova ministra do STF, Rosa Weber. Pra quem não se lembra é assim que funciona: para ocupar uma cadeira de ministro do STF, o “candidato” precisa ser indicado pelo presidente da República e ser aprovado pelo Senado Federal. Só depois disso, ele pode ocupar a cadeira. E pra sentar nela, um outro ministro tem que sair. E só sai depois que se aposenta, aposentadoria compulsória, quando completa 70 anos. Mas, continua com o salário de ministro; porque o cargo é vitalício...

Refrescada a memória, vamos ao que interessa. Acompanhei as três últimas sabatinas, a da atual ministra Rosa foi pela imprensa (mas acompanhei). Em todas, ficou muito claro o motivo das indicações: politicagem (ok, isso não é novidade). Um dos novatos, que foi indicado ainda pelo presidente Lula, tem a seguinte trajetória profissional: foi professor de Direito Constitucional e Direito da Família, foi assessor parlamentar, foi advogado do PT, por indicação foi advogado-geral da União e agora é ministro do STF. Fácil assim!

Apesar de Rosa Weber ser juíza de carreira e das Associações considerarem positiva a indicação dela para a vaga no Supremo, a nova ministra só atuou na área trabalhista. “Lulinha” e “Dilminha” justificam essas indicações assim: são cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada. Mas é a experiência? A vivência na área? Não precisa?

Ah, entendi. Advogado só é advogado se passar no exame da OAB (decisão do STF), jornalista não precisa de diploma para exercer a profissão (decisão do STF) e ministro do STF, que vai atuar na mais alta corte do país, só precisa ter um QI – quem indica...

Um comentário:

Menos é Mais disse...

Quero um QI, Marina. O meu está muito baixo. hahahahaha